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Qual é a diferença entre segunda língua e língua estrangeira?

Provavelmente você já ouviu falar nestes conceitos, mas o que significa cada um? As duas expressões são termos técnicos da área de ensino/aprendizagem de línguas.

Qual é a diferença entre segunda língua e língua estrangeira?

Quando as pessoas falam em forma corriqueira, na acepção vulgar dos termos, podem achar que aprender uma segunda língua seria aprender outro idioma além do materno; afinal, já sabe uma língua, agora vai aprender a segunda, não é mesmo? Erro!

Em didática de línguas o emprego dos termos em forma técnica é um pouco diferente.

Em primeiro lugar, segunda língua não tem nada a ver com a quantidade de línguas que você fala ou com a ordem em que você aprendeu os idiomas.

A diferença entre segunda língua e língua estrangeira está relacionado com o contexto em que você aprende ou adquire um outro idioma diferente da sua língua nativa:

SEGUNDA LÍNGUA: a aprendida em um país onde a língua alvo é a língua utilizada socialmente. Por exemplo, um brasileiro morando em Nova York aprende inglês como segunda língua.

LÍNGUA ESTRANGEIRA:  é quando você aprende em um país onde a língua falada não é a língua alvo, por exemplo, um brasileiro que mora no Brasil aprendendo inglês numa escola de línguas.

O seguinte quadro comparativo ajuda na compreensão do conceito:

 Língua estrangeira Segunda língua
O único contato com o idioma é durante a aula. Exposição à língua na rua, nas interações diárias, etc.
Exemplo:  brasileiros aprendendo espanhol no Brasil.

Escolas de línguas, cursos de idiomas.

Aulas de línguas no ensino público.

Exemplo: mexicanos aprendendo inglês nos Estados Unidos.

Programas de intercâmbio.

Imigrantes aprendendo a língua local no país de acolhida.

 

A importância da diferenciação destes dois conceitos na aprendizagem / ensino de línguas tem a ver com as especifidades de cada situação, que é muito díspar e requer um tratamento diferenciado.

Ensinar ou aprender espanhol como segunda língua significa que os alunos estão morando num país da América Latina ou na Espanha, onde podem ter contato diário com a língua, além de terem a necessidade imperiosa de se comunicar como «motivação» para correr atrás e desenvolver a fluência. Geralmente, nas aulas que frequentam, os colegas são originários de diversos países, o que faz com que tenham que usar o espanhol para se comunicarem entre eles, por ser o idioma comum.

Já nas aulas de espanhol como língua estrangeira, no caso, aprender espanhol no Brasil, o aluno terá que criar ou procurar as oportunidades para treinar a língua fora da sala de aula. Como os seus colegas também são brasileiros, é muito forte a tentação para falar português, o que reduz ainda mais as oportunidades de prática. O professor terá que criar situações que simulem atividades do mundo real na sala de aula, para propiciar o ensino comunicativo.

Os conceitos de L1 e L2

Estes conceitos referem á distinção entre a língua nativa do aluno e a língua que ele quer aprender:

L1: a língua nativa do aluno. No caso do brasileiro aprendendo espanhol, o português.

L2: a língua que o aluno quer aprender, ou seja, a língua alvo. No caso do brasileiro aprendendo espanhol, o espanhol.

 

Só por via das dúvidas, esclarecemos que NÃO existe L3, L4… Todos os idiomas que você fala ou estuda além do seu português nativo são L2.

Agora que você já conhece estes importantes conceitos, compartilhe para contribuir no uso correto dos termos. Comente: Quais contextos de aprendizagem de línguas você já experimentou? Qual L2 você já domina ou deseja aprender?

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